quarta-feira, 9 de julho de 2014

#MãonaRoda II - À Imagem e Semelhança




Dando prosseguimento à série #MãonaRoda, este post explanará as implicações do significado de ter sido criado à imagem e semelhança de Deus.
Esta explicação refuta a negação ao pecado original.



Primeiramente, é necessário entender que quando o livro de Gênesis diz “imagem e semelhança”, obviamente, não se está mencionando a formação estrutural física do ser humano, pois Deus não é matéria. Deus é um ser “energético”, essa “energia” que constitui Deus chama-se Espírito, “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.” Gênesis 1:2. O Espírito de Deus, ou seja, o próprio Deus, possui atributos muito bem definidos que são visíveis a luz das Escrituras. 


 Dizer que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança significa dizer que Deus fez do homem um ser espiritual também, porém com algumas limitações inerentes à criatura. Juntamente com o Espírito humano, Deus transmite alguns atributos que vêm d’Ele próprio.


Devemos entender a imagem e semelhança como possuir as mesmas características de Deus, mas de forma limitada. A capacidade de raciocinar, a capacidade de ligar-se emocionalmente a outros seres ou coisas, a capacidade de obedecer a princípios morais, a capacidade de relacionar-se com o mundo espiritual, e a capacidade de ser imortal (visto que após esta vida, o homem está fadado à condenação ou salvação eterna). 

Diferentemente dos outros seres, possuímos isso porque fomos criados à imagem e semelhança do Criador.

Ao criar Adão, a imagem e semelhança de Deus eram refletidas no homem de forma perfeita. Entretanto, para que os planos de Deus se cumprissem, esse equilíbrio foi quebrado através do pecado original.
O primeiro pecado é a primeira vez em que o homem desobedeceu a Deus. Havia apenas uma coisa que Deus disse que não deveria ser feita no Éden: Adão e Eva não deveriam comer do fruto da Árvore do Conhecimento. Entretanto, nossos primeiros pais foram incapazes de cumprir esta simples ordem. Deste momento em diante, a imagem de Deus não foi totalmente destruída, aniquilada no homem, mas não havia mais o equilíbrio e perfeição de antes. O homem seria ainda capaz de refletir a imagem de Deus, mas sempre de forma pervertida, deturpada e distorcida.

A depravação total do homem se baseia nisso. A partir desse momento, o homem, sozinho, não poderia agradar a Deus se não fosse ajudado pelo próprio Deus. Neste caso, através da atitude de Adão e Eva, podemos afirmar com base nas escrituras que o ser humano é mau, e só pode fazer o bem através da obra de redenção de Deus.

Pelágio da Bretanha não concordava com isso, assumiu o pecado original como algo não literal e, por tanto, o ser humano seria bom pela própria natureza. Ele alegava isso dizendo que se Deus nos criou a imagem e semelhança d’Ele, não poderíamos ser maus. É claro que isso apresenta uma falha teológica, um entendimento reduzido sobre o significado de “à imagem e semelhança”, uma interpretação ruim do que Agostinho escreveu a respeito da natureza humana, e, por último, mas não menos importante, ignorar todos os versículos a baixo. 

Eclesiastes 7:29; Romanos 5:7-8; Romanos 5:12,19; Jó 15:14-16, 25:4-6; Eclesiastes 9:03; Salmo 143:2 ; Gálatas 3:22; Romanos 3:23; Crônicas 6:36; Isaías 53:6;


Conclusão: ter sido criado à imagem e a semelhança significa ter alguns atributos de Deus de forma limitada, o que, por si só, já é uma grandiosa demonstração da Graça de Deus. Isso de forma alguma deve eliminar a depravação que entrou em nós pelo pecado original.
Na segunda postagem sobre o assunto, abordaremos a depravação do homem mais aprofundadamente e como ela atua paralelamente à Graça da imagem de Deus que refletimos.  

Referências:  

Infoquadro com atributos de Deus é tradução da Forte Fundamento (referências também na imagem)

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