Começamos na nossa última
postagem a falar sobre o tema Imago Dei, isto é, a imagem de Deus. É de suma importância para o
Cristão ter um bom conhecimento da imagem de Deus, pois conhecê-la nos ajudará
a conhecermos a nós mesmos, uma vez que fomos criados à sua imagem e
semelhança.
Neste texto, a ideia
será mostrar que o homem pode praticar ações boas, mas que sem os
arrependimentos dos pecados, os quais provém do pecado original, as ações de justiça
humana não valem nada para Deus, pois somos seres totalmente depravados. A
chave para o bom entendimento disso é entender o que foi e quais foram as
implicações do pecado original no ser humano.
Aprendemos na parte a, que ter sido criado
à imagem e semelhança é ter sido criado com alguns dos mesmos atributos
metafísicos de Deus. Isso implica em que, antes do pecado original, o ser
humano refletia perfeitamente as características divinas que Deus lhes
transferiu. Depois do pecado original, essas características não foram
perdidas, mas o pecado pôde perverter o modo como o ser humano as refletiria a
partir de então.
Chamamos o pecado de
Adão e Eva de original porque ele é
quem deu origem a todos os outros pecados. O pecado é qualquer desobediência a
Deus, o que foi exatamente o que o casal habitante do Éden fez. As naturezas racional, moral e espiritual
do homem estavam em congruência com a de Deus, mas após o pecado, tudo isso foi
pervertido. Quem nunca se pegou pensando besteira diante de algum comentário
trivial sobre qualquer coisa? (Isso para dar um exemplo light da nossa condição depravada).
Possível
refutação: “então quer dizer que o homem
não pode fazer nada de bom antes de sua conversão?”.
Resposta:
Sim e não. Vejamos
o versículo abaixo.
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da
imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um
vento nos arrebatam.
Isaías 64:6
Isaías 64:6
Existem sim atitudes
que são consideradas justas para qualquer ser humano e, eventualmente, um ser
humano pode ser razoavelmente justo aos olhos da sociedade, de outras pessoas.
Mas para Deus, a justiça que não provém do arrependimento dos pecados, é como
trapo de imundícia (a versão israelita antiga do absorvente).
Conclusão: fomos sim criados à imagem e semelhança de Deus,
refletimos sim a imagem de Deus em nossas vidas, mas para voltar a fazer isso
de forma totalmente congruente com Deus precisamos da obra de redenção (tema
da última reflexão sobre o assunto).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um blogueiro feliz e comente!